A representação da criança que mais me chamou a atenção foi a “criança má”, assim tratada na Idade Média. Um ser inocente tradado como algo sem valor, responsável pelos erros dos pais e tratado como mercadoria para a Igreja da época.
Geralmente o pensamento de quem lê essa parte da História tende a condenar a Igreja Católica no tocante à posição que ela assume diante essas crianças, porem devemos nos colocar na historicidade do momento, a cultura era aquela, não se pode fugir do ambiente cultural e nesse contexto a Igreja passa a ser a salvação para muitas dessas crianças. Se hoje temos uma má distribuição de renda na Idade Média era pior, a pobreza é cruel para com as crianças.
Outra criança que mais condiz com a nossa concepção é a criança como ser inocente, uma visão rousseniana (2004), uma retorno da infância, uma volta às origens. O olhar de Rousseau (2004) e Locke (1983) tinha um maior comprometimento com a dignidade do ser humano, da real inocência delas e as concebiam como ser imanentes, conseqüências das situações em que eram submetidas. Hoje o “abandono de incapaz” é um crime tipificado em lei e algo que a sociedade organizada tenta combater e conscientizar esses pais que geralmente pertencem às camadas mais pobres e desfavorecidas de nossas capitalistas cidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário