sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Piso salarial

Piso dos professores tem reajuste de 7,64% e vai para R$ 2.298

O valor representa um aumento real, acima da inflação de 2016, que fechou em 6,29%
Mariana Branco, da Agência Brasil (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 12/01/2017 11:31:04
  
O piso salarial dos professores em 2017 terá um reajuste de 7,64%. Com isso, o menor salário a ser pago a professores da educação básica da rede pública deve passar dos atuais R$ 2.135,64 para 2.298,80. O anúncio foi feito hoje (12) pelo Ministério da Educação (MEC).
O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo aa regras da Lei 11.738/2008, a chamada Lei do Piso, que define o mínimo a ser pago a profissionais em início de carreira, com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais.
O ajuste deste ano é menor que o do ano passado, que foi de 11,36%. O valor representa um aumento real, acima da inflação de 2016, que fechou em 6,29%. O novo valor começa a valer a partir deste mês.
"Significa um reajuste acima da inflação, cumprindo a legislação", disse o ministro da Educação, Mendonça Filho. "É algo importante porque significa, na prática, a valorização do papel do professor, que é central na garantia de uma boa qualidade da educação. Não se pode ter uma educação de qualidade se não tivermos professores bem remunerados e motivados", acrescenta.
A lei vincula o aumento à variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Pela lei, os demais níveis da carreira não recebem necessariamente o mesmo aumento, o que é negociado em cada unidade federativa.
CriseEm um cenário de crise, o reajuste preocupa estados e municípios. Estudo divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que o reajuste do piso salarial dos professores vai gerar um aumento de R$ 5,083 bilhões nos gastos municipais.
De acordo com a CNM, de 2009 a 2016 os gastos com a folha de magistério tiveram uma expansão de R$ 41,829
bilhões. O valor já cresceu 241,9%, muito acima da inflação relativa ao período e maior do que o próprio aumento das receitas do Fundeb.
O Fundeb é formado, na quase totalidade, por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios, vinculados à educação. Além desses recursos, ainda compõe o Fundeb, a título de complementação, uma parcela de recursos federais. Pelo menos 60% desses recursos devem ser destinados a pagamento de pessoal.
Segundo a CNM, atualmente, os municípios comprometem, em média, 78,4% dos recursos do Fundeb apenas com a folha de pagamento desses profissionais, de acordo com dados do Sistema de Informação sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope).
Em 2015, mais de 70 Municípios já comprometiam 100% desses recursos.
O ministro da Educação ressaltou que, ao final do ano passado, o governo antecipou o repasse de R$ 1,25 bilhão do Fundeb. "O pagamento foi honrado ainda dentro do exercício de 2016, o que não ocorria. O prazo para que o repasse fosse feito é até abril do ano subsequente", disse.
Ele acrescenta que, em 2017, os repasses aos estados e municípios serão mensais, "o que vai totalizar R$ 1,3 bilhão e ajudará o fôlego dos estados e municípios e suas respectivas folhas", finalizou.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Uesb

Estudantes da Uesb desocupam campus de Vitória da Conquista

 
Por Redação Bocão News | Fotos: Divulgação / Adusb
Na segunda-feira (9), estudantes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) desocuparam o campus de Vitória da Conquista, após 81 dias de resistência. A desocupação, aprovada em assembleia no dia 29 de dezembro de 2016, foi anunciada na última sexta-feira (6).
 
O Movimento Ocupa Uesb chegou a negociar um termo de acordo com a reitoria da universidade que não quis assinar o documento.
 
Entre as reinvindicações estavam a melhoria na qualidade do Restaurante Universitário (RU), melhoria no atendimento e aumento dos pontos de xérox, implementação de uma política de acessibilidade e inclusão social, política de inclusão de pais e mães e ampliação da residência universitária.
 
Além da Uesb, mais três instituições de ensino foram ocupadas em Conquista: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Instituto Multidisciplinar de Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA-IMS) e Cetep.